quarta-feira, 4 de junho de 2008

Just like the teenager movies.

Cátia vive me falando isso.

Que eu era uma daquelas adolescentes excluídas típicas de filmes americanos. Aparelho nos dentes, espinhas.
Ela só esquece de mencionar que o meu cabelo é ruim, que eu sou gordinha e pseudo-nerd.

Enfim...

Eu queria ser uma daquelas adolescentes. Nos finais dos filmes, elas sempore acabam com um cara gatão (HOHO) ou ganhando uma bolsa de estudos pra alguma faculdade fodona em Paris ou Roma. (que nem em Ela é demais. Tá certo que o Freddie Prinze Jr. não estava tãão gatão assim na época, mas ela ganha uma bolsa pra estudar Arte em Paris. Paris!)

E além do mais, elas são nerds nos filmes.
Daquelas de tirar A em matemática, química e física.
(Coisa que comigo NÃO rola.
Eu e cálculos, eu e raciocínio lógico, não dá mesmo.)
Daquelas de saber tuuudo sobre quadrinhos, cinema ou whatever, coisas de nerd.

Acho que vou baixar Tíbia, pra ver se eu entro no clima da nerdice.
(Priston Tale, Ragnarok e todas essas porcarias novas, não merecem ser chamadas de RPG, no way.)

Cara, eu tava falando sobre adolescência, e consegui dar uma volta enorme pra falar de como eu sou uma pessoa frustrada e preciso perder o preconceito contra livros de auto-ajuda.
Voltando a falar sobre adolescência então.

Meu irmaõ tá entrando.
Na adolescência, quero dizer.
Man, eu não tinha NOÇÃO de como a gente fica chato quando tá virando adolescente. MEU DEUS, é muito chato.
Minha mãe disse que eu fiquei chata do mesmo jeito, mas CARA o meu irmão tá muito chato meeeesmo. (Talvez seja porque ele está entrando na adolescência e eu esteja no meio dela. A espécie é a mesma, mas a família é outra. As brigas são constantes.)
E vagal também.

Eu não era vagal.
Eu até que gostava de estudar. E só fiquei chata porque eu parei de sair com os meus pais pra todo canto; comecei a ter os ataque tpm'lísticos, e exigir privacidade.
Mas isso não é adolescência. (ou é?)

Eu só aceitei a adolescência quando eu fiz 15 anos. Isso, depois de looongas conversas comigo mesma do tipo 'Vamos lá, Umáyra. Na época da sua vó, com 15 anos as meninas casavam. Na época da sua mãe, com 15 anos as pessoas já tinham crises de existência e todas essas coisas que você tem. Encare os fatos: você está ficando velha. Daqui a pouco você morre. Mande a Síndrome de Peter Pan pra casa do caralho e pronto.'

Mas eu ainda não aceito. Quer dizer, ontem eu brincava de fazer roupas pra Barbie, e ano que vem eu vou estar no 3º ano? (!) E depois eu vou estar na universidade, a primeira 'coisa' que eu verdadeiramente escolhi sozinha; e essa escolha vai modificar toda a minha vida!
E se eu escolher errado, eu posso perder alguns anos da minha vida; anos que eu poderia passar na Dinamarca num futuro próximo, quando já estivesse economicamente estabelecida.
Então, será que eu devo escolher a universidade pelos meus talentos ou pelo retorno financeiro?
Porque eu só tenho talento pra ler. E escrever. (abobrinhas, abobrinhas. Mas pelo menos eu escrevo).

Então eu posso fazer Jornalismo (e passar de pseudo-nerd à pseudo-cult). Mas existe uma grande possibilidade de eu ficar pobre pobre pobre de marré marré marré.
E além do mais eu também tenho talento pra Direito; vários professores e os meus pais me falaram que eu daria uma ótima Promotora, fazendo todo aquele teatro quando eu vou acusar alguma coisa ou defender uma causa.

Ano que vem isso já tem que estar decidido.

Ai meu Deus, minha cabeça.

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